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terça-feira, 23 de março de 2010

Para ONU água poluída mata mais que violência no mundo

No dia onde se comemora o dia da água, a ONU disse que a população mundial está poluindo os rios e oceanos com o despejo de milhões de toneladas de resíduos sólidos por dia, envenenando a vida marinha e espalhando doenças que matam milhões de crianças todo ano. "A quantidade de água suja significa que mais pessoas morrem hoje por causa da água poluída e contaminada do que por todas as formas de violência, inclusive as guerras", disse o Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep).
Lançado no Dia Mundial da Água, um relatório intitulado "Água Doente", da Unep afirmou que dois milhões de toneladas de resíduos, que contaminam cerca de dois bilhões de toneladas de água diariamente, causaram gigantescas "zonas mortas", sufocando recifes de corais e peixes.
Estes resíduos são basicamente gerados através de poluição industrial e agrícolas. De acordo com o relatório, a falta de água limpa mata 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos de idade anualmente. Grande parte do despejo de resíduos acontece nos países em desenvolvimento, que lançam 90% da água de esgoto sem tratamento, inclusive o Brasil.
Dentre as principais doenças causadas pela água suja, temos a diarréia, que mata anualmente cerca de 2,2 milhões de pessoas e mais da metade dos leitos de hospitais no mundo é ocupada por pessoas com doenças ligadas à água contaminada, segundo o relatório.
É recomendado sistemas de reciclagem de água e projetos multimilionários para o tratamento de esgoto, além da proteção de áreas de terras úmidas, que agem como processadores naturais do esgoto, e o uso de dejetos animais como fertilizantes.
O diretor da Unep, Achim Steiner, diz que "Se o mundo pretende sobreviver em um planeta de seis bilhões de pessoas, caminhando para mais de nove bilhões até 2050, precisamos nos tornar mais inteligentes sobre a administração de água de esgoto”.









PNUD reconhece esforços do País para cumprir metas do milênio

Durante os dez anos em que o Programa Nacional das Nações Unidas para o desenvolvimento adota os oito objetivos do milênio, ou "oito jeitos de mudar o mundo", o Brasil tem alcançado resultados expressivos que o colocam em condições de avançar rumo ao cumprimento das metas para 2015. A conclusão está no 4° Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que será divulgado nesta quarta-feira (24) em solenidade, às 17 horas, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
A avaliação do programa das Nações Unidas detectou resultados animadores nas políticas públicas e nas ações da iniciativa privada e da sociedade civil na tentativa de alcançar os objetivos propostos pela ONU. Trabalho, saúde, educação e meio ambiente são as áreas aonde o governo brasileiro vem crescendo nos últimos anos.
Um exame passo a passo analisou a eficácia das medidas tomadas no País para acabar com a miséria e a fome, levar educação básica e de qualidade a todos, reduzir a mortalidade infantil, melhorar as condições de saúde da população, combater a AIDS e outras doenças, melhorar a qualidade de vida da população e o respeito ao meio ambiente e dar condições de trabalho às populações. Na maior parte dessas oito metas, os resultados do Brasil mereceram destaque no relatório.
O sétimo objetivo, relacionado a meio ambiente e qualidade de vida, é apontado como um dos que apresentou avanços significativos. O relatório constatou que a drástica redução nas taxas de desmatamento da Amazônia, que caiu para 1/3 da média da área desmatada nos últimos dez anos, aliadas às políticas de redução de emissões de CO2, ozônio e gases poluentes, demonstrou o empenho das autoridades ambientais na busca de soluções de desenvolvimento sustentável.
O evento é promovido pela Secretaria Geral da Presidência da República, pelo PNUD e pelo Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e marca a entrega do Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Brasil, em sua terceira edição. A ONG ODM Brasil premia, de três em três anos, as melhores iniciativas da sociedade civil organizada na solução de problemas sociais e ambientais no País.

Fonte: MMA



Lixo vira arte na exposição “Memória Seletiva: Objetos Descartados em Nova Função”, no Rio de Janeiro

Até sexta-feira, dia 26, o espaço EBA7, da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, recebe a exposição “Memória Seletiva: Objetos Descartados em Nova Função”, de Leonardo Leoni.
O aluno recém-formado pela Escola de Belas Artes explicou que a idéia de usar o lixo surgiu da dificuldade em conseguir os materiais para a elaboração dos projetos da faculdade. “O material era muito caro, então fui adaptando. Não tinha certa tinta, eu usava pigmento, terra, cola. Assim, acabei estudando um pouco mais sobre essa questão da ‘cozinha’ da pintura. Dentro das próprias aulas, em Teoria da Pintura, aprendemos a elaboração dos materiais”, disse.
Na primeira exposição individual do artista a matéria prima utilizada vai desde telhas e madeiras ao papelão. Cada objeto exigiu de Leoni uma técnica específica. Nas telhas, ele usou a raspagem e a fuligem de vela foi utilizada com outros materiais.
Sobre sua arte, Leoni afirmou: “Na verdade, não transformo o material em outro. Apenas obedeço ao que ele tem a me oferecer ali, modificando o juízo de valores que as pessoas dão. Era lixo, mas agora é arte”, concluiu.

Fonte: AmbienteBrasil



Empresa de Eike Batista é denunciada pelo MPF por produção e compra ilegal de carvão no Pantanal

Três empresas, inclusive a siderúrgica MMX, do empresário Eike Batista foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul por produção e comercialização irregulares de carvão.
As empresas são acusadas de comprar carvão vegetal produzido com desmatamento de árvores nativas. O carvão, adquirido de fornecedor não licenciado, vinha do município de Bonito, na entrada do Pantanal, onde a exploração de madeira para esse fim é proibida.
As empresas Black Comércio de Carvão Vegetal e HF Agropecuária são as demais empresas denunciadas pela extração de madeira nativa para produção de carvão. De acordo com a investigação, as duas empresas retiraram madeira de uma área equivalente a mais de mil campos de futebol do interior da Terra Indígena Kadiwéu, na região de Corumbá, também no Pantanal sul mato-grossense. E também foi flagrada recebendo 25 documentos de origem florestal (DOF) falsos de uma empresa envolvida em um esquema de fraudes do sistema eletrônico de controle de produtos florestais.
Na denúncia da MPF contra a MMX, pede que a empresa responda por crime ambiental por deixar de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental, por operar em desacordo com licença ambiental concedida e por desobedecer um auto de infração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Já a Black Comércio de Carvão Vegetal e a HF Agropecuária Ltda. deverão responder criminalmente pelo corte e transformação de madeira de lei em carvão. Além de multa, a lei prevê reclusão de um a dois anos.





Cites reafirma proteção aos elefantes contra caça ilegal

A conferência de Cites (Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres) decidiu nesta segunda-feira (22) manter sua estrita proibição ao comércio do marfim dos elefantes, vítimas da caça clandestina, negando as solicitações da Tanzânia e da Zâmbia de que reduzisse as regras regidas sobre as populações dos animais.
Segundo o Kenia, líder de uma coalizão de 23 países africanos que se opõem à revogação da decisão, o melhor é "não falar mais dos elefantes na Cites até 2018", dado que uma moratória, que entrou em vigor desde 2008, proíbe a venda de marfim durante nove anos".
Nesta segunda-feira, uma semana depois da Tanzânia, a Zâmbia também recebeu uma resposta negativa quanto à modificação da classificação de sua população de elefantes, feita pela convenção.
Entretanto, os dois países africanos poderão tentar reiniciar as discussões durante as sessões plenárias, na quarta e sexta-feira.
A Tanzânia (100.600 elefantes) e a Zâmbia (27.000) pedem a Cites o direito de vender 80,6 toneladas e 21,7 toneladas de marfim "legal, respectivamente, procedentes da morte regular ou da mortalidade natural dos animais.
Também solicitam a retirada de seus elefantes da classificação, alegando o "bom estado" de suas populações.
Desde 1989, todos os elefantes da África estão inscritos no Anexo 1 da Cites, que proíbe as exportações, com exceção de quatro países do Anexo 2 (comércio sob controle), África do Sul, Zimbábue, Botsuana e Namíbia. Segundo a Tanzânia, a venda de 80,6 toneladas de marfim resultaria no lucro de 20 milhões de dólares, uma soma que seria utilizada para lutar pela defesa dos elefantes.
"Isso representa quatro anos de nosso orçamento de proteção", afirmou o representante do Ministério de Recursos Naturais, Stanslaus Komba, que lamentou que um país como o seu, "sentado sobre um tesouro", precise se abster da utilização de seus recursos naturais.
Entretanto, a conferência - e, sobretudo os países africanos - temiam enviar "um sinal equivocado aos caçadores ao reduzir o nível de proteção ou autorizando uma venda". Para muitos observadores, o comércio internacional é o principal motor do tráfico.
“A partir do momento em que existe um mercado, a caça ilegal é alimentada", explicou Céline Sissler-Bienvenu, do Fundo Mundial de Proteção dos Animais (Ifaw, na sigla em inglês), preocupada pelo aumento do tráfico de marfim. Foram confiscadas 6,2 toneladas no Vietnã em março de 2009 e 3,3 nas Filipinas no mês seguinte.
“As grandes apreensões de marfim são cada vez mais freqüentes e também cada vez mais importantes", destacou Tom Milliken, da ONG Traffic.

Fonte: Folha Online

Internet é ameaça a espécies raras, alertam conservacionistas

A internet está se tornando uma das maiores ameaças às espécies de animais em perigo, alertaram conservacionistas no encontro da Convenção Internacional de Comércio de Espécies em Perigo (Cites), da ONU, em Doha, no Catar.
Segundo ativistas, graças à internet nunca foi tão fácil comercializar qualquer coisa - desde filhotes de leão a peles de urso polar - em sites de leilões e salas de conversa na internet.
Várias propostas para restringir o comércio de espécies em perigo foram derrotadas durante o encontro da Cites, que reúne 175 países.
Ainda nesta semana, os representantes dos países vão votar mudanças no comércio do marfim.
Efeito da rede - Cientistas afirmam que a internet está tornando o comércio internacional ilegal de espécies protegidas mais fácil do que nunca, disse a enviada especial da BBC ao encontro de Doha Stephanie Hancock.
Milhares de espécies em perigo são comercializadas regularmente pela internet, com compradores e vendedores tirando vantagem do anonimato da rede e do grande mercado global que ela oferece.
"A internet está se tornando o fator dominante no comércio global das espécies em perigo", disse Paul Todd, do Fundo Internacional para o Bem-estar Animal, segundo a agência de notícias Associated Press.
Ativistas e responsáveis por monitorar o comércio ilegal afirmam que é quase impossível estimar o tamanho do problema, mas afirmam que tudo - desde bebês de leões até vinho feito com ossos de tigres - já foram comercializados online.
Eles afirmam que os Estados Unidos são o maior mercado, mas que Europa, China, Rússia e Austrália também desempenham importante papel.
Os cientistas que tentam obter maior proteção para as espécies em perigo já sofreram algumas decepções em Doha, afirma Hancock.
No domingo, delegados votaram por proibir totalmente o comércio internacional de um raro tipo de salamandra pintada, encontrada apenas no Irã, que segundo o WWF, Fundo Mundial para a Vida Selvagem, foi devastada pelo comércio na internet.
Mas outras tentativas de proibir o comércio de ursos polares, atum-rabilho e raros corais fracassaram no encontro em Doha.
Uma proposta dos Estados Unidos e da Suécia para regular o comércio dos corais rosa e vermelho - usados na fabricação de caras jóias e amplamente vendidos na internet - foi derrotada.
Os delegados derrubaram a proposta alegando preocupação com os efeitos dos restritivos regulamentos sobre comunidades pesqueiras pobres.

Fonte: G1

Animais silvestres são apreendidos no DF

A Polícia Militar e o IBAMA, após três meses de investigação, realizaram operação contra o comércio ilegal de animais silvestres no Distrito Federal no último final de semana. Na cidade de Samambaia, próxima a Brasília, foram apreendidos 128 aves e um jabuti em casas do município.
Em um conjunto da Quadra 425, alguns animais ficavam na rua. O dono de uma das casas da quadra disse que tinha autorização do IBAMA para criar as aves. Mas a permissão era apenas para alguns pássaros. A poucos metros, o irmão dele também mantinha em cativeiro pássaros de várias espécies, inclusive um papagaio. Os policiais encontraram o dono da casa em uma rua perto com duas gaiolas no carro. Primeiro, ele negou que vendesse os animais. Disse apenas que gostava de criar. Depois, acabou admitindo. Em outra rua, os policiais chegaram quando um suposto comprador fechava negócio. No último andar da casa foram encontrados pássaros de diversas espécies. Além das aves, os policiais encontraram também munição de vários calibres. Em outra casa, mais de 28 gaiolas.
A ação contou com 55 policias e 4 agentes do IBAMA, e todas as pessoas detidas vão responder por crime contra a fauna. Os bichos vão ser examinados por veterinários do IBAMA. Os que tiverem condições vão ser soltos e os que não tiverem, serão encaminhados para criadores autorizados.
O triste dessa história toda é que existem pessoas que contribuem com o tráfico de animais silvestres comprando os animais. De acordo com o IBAMA, a cada pássaro que é apreendido e que está sendo vendido na rua, nove morrem em função do processo de captura e venda.







Castanheiras de 25 metros são apreendidas em RO

A castanheira-do-Brasil (Bertholletia excelsa),é considerada por muitos a árvore–símbolo da Amazônia, podendo chegar a 60 metros de altura. Ameaçada pelo corte predatório, a espécie é protegida por lei. Não pode ser derrubada, salvo em raros casos, com autorização específica da autoridade ambiental.
Mesmo com a proibição do desmatamento destas árvores, fiscais flagraram numa propriedade rural em Pimenta Bueno, em Rondônia, três castanheiras em pleno desdobramento (corte em tábuas) com motosserra. As árvores tinham aproximadamente 25 metros de comprimento cada.
A apreensão aconteceu nesta sexta-feira (19), de acordo com informações do IBAMA/RO e o proprietário da terra foi multado em R$ 18.653 pelo corte das árvores, e em mais R$ 2.000 pelo uso de motosserra sem licença.
Pena que as punições para estes crimes são muito leves.







Algas marinhas podem reduzir obesidade, diz pesquisa

Uma pesquisa realizada no Reino Unido afirma que algas marinhas podem ser usadas para combater a obesidade.
A equipe de cientistas da Universidade de Newcastle descobriu que os alginatos, uma fibra extraída das algas, ajudam o corpo a reduzir a absorção de gordura em até 75%. O índice é melhor do que a maioria dos tratamentos contra obesidade.
Os cientistas estão fazendo testes com a fibra adicionada a pão, para determinar o efeito que ela teria em uma dieta normal.
"Essa pesquisa sugere que se nós podemos adicionar fibras naturais a produtos usados diariamente, como pães, biscoitos e iogurtes, até três quartos da gordura contida em uma refeição podem passar diretamente pelo corpo", afirma Iain Brownlee, da equipe de pesquisadores de Newcastle.
"Nós já adicionamos o alginato ao pão e testes iniciais de gosto têm sido extremamente animadores."
Estômago artificial - Os cientistas usaram um "estômago artificial" para testar a eficácia dos 60 tipos diferentes de fibras naturais ao medir o quanto cada um afeta a digestão da gordura. O estômago artificial é um aparelho que replica as reações físicas e químicas do estômago humano.
As descobertas foram apresentadas na Sociedade Americana de Química, durante uma conferência em San Francisco, nos Estados Unidos.
"Há inúmeros relatos de curas milagrosas para se perder peso, mas apenas alguns poucos casos têm evidência científica sólida para amparar esses relatos."
Alginatos já são atualmente adicionados a alguns alimentos em pequenas quantidades, para aumentar a sua consistência.
Para o diretor do National Obesity Fórum (NOF), uma entidade britânica que reúne médicos e estudiosos, a descoberta é "interessante".
"A pesquisa parece interessante, mas nós só podemos começar a recomendar [as algas] se os cientistas conseguirem gerar boas provas após testes rigorosos."

Fonte: Folha Online

Instituto Nokia de Tecnologia desenvolve software que ajuda a reduzir casos de dengue no Amazonas

Dados recentes do Ministério da Saúde revelam que o número de casos de dengue cresceu mais de 100% nas primeiras seis semanas deste ano, em relação a 2009. Foram registradas até agora 108.640 ocorrências em todo país. O grande aumento foi provocado pelas altas temperaturas e pelas chuvas acima da média para o período. Questões sociais como as dificuldades para controlar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti levaram o Instituto Nokia de Tecnologia (INdT) a trabalhar no desenvolvimento de soluções que possam ter um papel fundamental para reverter este cenário negativo.
O Nokia Data Gathering (NDG) é um software desenvolvido pelo instituto, que ajuda organizações a coletar dados de pesquisas de campo de forma rápida e enviá-los em tempo real. Esta nova tecnologia, que substitui formulários em papel, garante resultados mais seguros. Com a adoção desta ferramenta, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SUSAM), por exemplo, registrou em 2009 uma importante redução de casos de dengue na região metropolitana de Manaus.
Lançado em 2008, o NDG permite às organizações criar questionários detalhados para distribuição em diversos aparelhos móveis por meio da rede celular. Agentes podem preencher o questionário no visor do aparelho e mandar as informações em seguida para um servidor central. O sistema também possibilita o uso do geotag (marcação geográfica) com informações de GPS, que permitem identificar em um mapa os pontos exatos onde a coleta foi realizada.
“O formato convencional de pesquisas exige o transporte de muitos formulários, além de existir sempre o risco de preenchimento incorreto e conseqüente demora na análise e compilação dos dados”, diz André Erthal, diretor da área de Experiência em Serviços do INdT.
A tecnologia do Nokia Data Gathering garante a transmissão de dados quase em tempo real, por meio da conexão GPRS das redes GSM. Em locais onde não há rede, os dados ainda podem ser armazenados em um cartão de memória e enviados quando o sinal se restabelecer. Ainda há a possibilidade de envio de dados para um computador via Bluetooth (sem fio), cabo USB ou pelo próprio cartão de memória.
A SUSAM vem utilizando o Nokia Data Gathering desde outubro de 2008 na prevenção de doenças. A partir deste ano, especialistas de saúde saíram às ruas da região metropolitana de Manaus, munidos de aparelhos Nokia E61 e Nokia E71, para obter e registrar dados sobre comportamentos preventivos e sintomas da dengue.
Foram coletados mais de oito mil resultados em campo na zona leste da capital amazonense, onde a maioria dos casos estava sendo registrada. Os dados recolhidos ao longo da campanha serviram de suporte aos inquéritos bimestrais realizados para o levantamento rápido de presença de larvas do mosquito Aedes Aegypti em residências e outros edifícios.
Segundo o Secretário Estadual de Saúde do Estado do Amazonas, Agnaldo Costa, durante a campanha 2007/2008 para a prevenção da dengue, 3.522 casos foram identificados em Manaus. Com o suporte da ferramenta via celular, o número de ocorrências na campanha 2008/2009 foi reduzido para 245. O resultado ajudou o Amazonas a sair da lista do Ministério da Saúde que indica os estados que mais contribuem para a proliferação da dengue no Brasil.
A tecnologia do NDG é flexível e permite a customização de formulários e questões destinadas a outras áreas em que a obtenção remota de dados também é fundamental, como agricultura, censos, serviços emergenciais e suporte a crianças carentes, entre outras.
A Nokia disponibiliza gratuitamente licenças para o uso do software a organizações do setor público e ONGs e trabalha com vários outros órgãos públicos na Ásia e América Latina para implantar o serviço.

Saiba mais: http://www.nokia.com/datagathering

domingo, 21 de março de 2010

Dicas sustentáveis para economizar combustíveis

Vejam abaixo algumas dicas da Volkswagem encontrados no site WebMotors para os motoristas terem uma condução econômica e ecologicamente correta em seu veículo.
De acordo com o estudo realizado pela Volkswagen, o consumo de combustível de um veículo depende, em boa parte, do comportamento do motorista.

E você, será que está fazendo tudo certo? Confira:

Dica 1 – evite acelerações a fundo. A aceleração equilibrada não só reduz consideravelmente o consumo de combustível como a poluição e o desgaste do veículo.
Dica 2 – O consumo de combustível é menor nas marchas mais altas. Selecione uma marcha superior logo que seja possível e somente opte por uma inferior quando o desempenho do veículo for afetado.
Dica 3 – Por outro lado, evite conduzir à velocidade máxima. Se o veículo for conduzido a ¾ da velocidade máxima recomendada na via que está sendo percorrida, o consumo de combustível baixa significativamente e a perda de tempo é mínima.
Dica 4 – Dirija de modo regular. Acelerações e freadas desnecessárias provocam elevado consumo de combustível e maior poluição ao ambiente.
Dica 5 – Calibre os pneus regularmente, como recomendado pelo manual do proprietário. A pressão baixa aumenta a resistência ao deslocamento do veículo e, conseqüentemente, o consumo de combustível, além de desgastar os pneus e afetar a dirigibilidade do carro.
Dica 6 – Não transporte pesos mortos como, por exemplo, cadeiras de praia ou bicicletas, quando não for utilizá-los. O peso do veículo tem grande influência no consumo do combustível, principalmente no trânsito urbano.
Dica 7 – Use o bagageiro somente quando for imprescindível, pois a bagagem acomodada neste acessório aumenta consideravelmente a resistência aerodinâmica do veículo e, conseqüentemente, o consumo de combustível.
Dica 8 – Não use o chamado “ponto morto”. Além de comprometer a segurança na condução do veículo, esta prática não resulta em economia de combustível, como se acredita.
Dica 9 – O uso do ar condicionado requer maior potência do motor e, desta forma, o consumo de combustível se eleva.
Dica 10 – Programe antecipadamente os itinerários, evitando engarrafamentos e semáforos. Trajetos curtos freqüentes como, por exemplo, em serviços de entrega, que exigem partidas e aquecimento do motor constantes, também elevam o consumo de combustível.
Dica 11 – Desligue o motor em caso de paradas prolongadas no trânsito.
Dica 12 – Verifique o consumo de combustível em cada reabastecimento. Desta forma, é possível descobrir a tempo qualquer irregularidade no veículo que provoque aumento de consumo.
Dica 13 – Utilize somente o tipo de combustível recomendado no manual do proprietário.
Dica 14 – Não altere o sistema de alimentação ou de escapamento, usando peças não originais ou fazendo regulagens indevidas.
Dica 15 – Siga o plano de manutenção do veículo, conforme orientações do manual do proprietário.


sábado, 20 de março de 2010

Coleta de lixo em São Luís/MA está interrompida há mais de uma semana


1 kg de lixo incomoda muita gente, toneladas de lixo incomodam muito mais. Este é o lema que os moradores de São Luís no Maranhão têm passado há mais de uma semana, tudo isso, porque a coleta de lixo na cidade foi interrompida e são toneladas de sujeiras se acumulando nas ruas.

Todo o problema teve inicio numa briga entre a prefeitura e uma empresa contratada, que interrompeu a coleta do lixo em 140 bairros. Os responsáveis pela empresa de coleta alegaram que não estavam recebendo pelo serviço e dizem que só irão retomar a coleta depois que o município pagar o que deve. "Essa dívida hoje gira em torno, aproximadamente, de R$ 12 milhões, sem contar com a multa da rescisão contratual com a prefeitura", afirma o advogado Manoel Felinto. Já a prefeitura por sua vez suspendeu o contrato com a empresa. "O contrato foi rompido porque estava sendo maculado o interesse público. A empresa não estava atendendo aos requisitos do contrato, portanto, a administração pública tinha o direito de agir", diz o procurador do município Francisco Coelho Filho.

Enquanto existe a discussão das partes envolvidas a sujeira toma conta das ruas históricas, das praias. Está na porta das igrejas e nas praças da capital maranhense. E é a população que sofre com o descaso.

Em média a cada dia, mais de 1,2 mil toneladas de lixo ficam acumuladas pelas ruas de São Luís. E a população arruma alternativas para lidar com o problema sendo obrigada a recorrer aos carroceiros que fazem o serviço que é da prefeitura.

Somente havendo paralisação deste serviço extremamente importante a sociedade, para que ela se dê conta do quão importante é o cuidado com o lixo. Se a população em sua maioria tivesse o hábito de reciclar estes números seriam menores, e teriam possibilidade de localizar empresas, coorporativas e agentes ambientais que se interessassem pela retirada de seu lixo.

Para ONU diminuiu o número de favelados no Brasil graças ao saneamento básico

A Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou nesta sexta-feira (19), no Rio de Janeiro o relatório “Estado das Cidades do Mundo 2010/2011: unindo o urbano dividido”. De acordo com o documento há quatro pontos, avaliados pela ONU, para classificar um indivíduo como favelado: água potável, saneamento básico, a qualidade da moradia e a densidade de habitantes por metro quadrado.
De acordo com o relatório 10,4 milhões de brasileiros deixaram a condição de favelados nos últimos 10 anos. O mexicano Eduardo Lopez Moreno, coordenador do relatório afirma que “no caso brasileiro, foi o saneamento um dos avanços mais significativos”. Lopez assegura que o critério é rigoroso, e que a pessoa só é considerada fora da condição de favela quando os quatro pontos forem atendidos.
A ONU tinha como meta retirar 100 milhões de pessoas na condição de favelados até 2020, meta esta que foi ultrapassada no ano de 2010, sendo assim hoje já são mãos de 227 milhões de pessoas que saíram desta condição.

Projeto disponibiliza Mapa da injustiça ambiental e danos à saúde no Brasil

Um projeto desenvolvido em conjunto pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), com o apoio do Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde resulta em um Mapa de Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil.
O trabalho, que está disponível na Internet, e tem como objetivo do mapeamento apoiar a luta de inúmeras populações e grupos atingidos em seus territórios ações e projetos políticos considerados insustentáveis.
Socializando informações, pretende dar visibilidade a denúncias, permitindo o monitoramento de ações e projetos que enfrentem situações de injustiças ambientais e problemas de saúde em diferentes territórios, como cidades, campos, florestas e áreas costeiras.
“O Mapa é de todas e todos nós. Mas, para que isso se torne uma realidade de fato e de direito, é fundamental que nos apropriemos dele e que, de agora em diante, ele se torne uma construção coletiva a serviço da justiça ambiental, da cidadania, da democracia e contra todo tipo de abuso, de exploração e de racismo”, informam os coordenadores do mapa.
O mapa está disponível e pode (como deve) ser acessado. O endereço é: http://www.conflitoambiental.icict.fiocruz.br

Mundo celebra Dia Mundial da Água

O mundo celebra na segunda-feira (22) o Dia Mundial da Água preocupado com o efeito que as mudanças no clima, provocadas pelas atividades humanas, podem desencadear no ciclo das águas. Debatido na 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental (CNSA), promovida pelos ministérios do Meio Ambiente e da Saúde, no final de 2009, o tema Água e Clima alertou para os perigos provenientes da emissão de gás carbônico e outros gases de efeito estufa na atmosfera, responsáveis por efeitos como o agravamento das secas, o aparecimento de furações e enchentes.
A conferência debateu também a questão do saneamento ambiental que contempla entre seus aspectos a questão do abastecimento de água, a coleta e tratamento de esgotos, o controle de doenças, o lixo e a drenagem. Documento divulgado durante a conferência, alerta que a má qualidade das águas multiplica os riscos de doenças de veiculação hídrica e a balneabilidade de praias, afetando diretamente a saúde pública.
Além da questão da saúde foi levantado o problema da poluição dos mananciais, que onera o custo do tratamento da água. A proteção do abastecimento de água envolve ações como o controle de agrotóxicos, a reposição de matas ciliares e de topo e a eliminação de atividades poluidoras.
O documento debatido dentro da 1ª CNSA alerta que ao longo dos anos, os recursos hídricos em áreas urbanas vêm sofrendo intervenções variadas que os poluem e afetam o sistema de drenagem, abastecimento e esgoto. A ação humana degrada a água, ao lançar substâncias que a poluem, conferindo-lhe cor, tornando-a turva e menos transparente. A água suja ou contaminada por coliformes, nutrientes como o nitrogênio, fósforo e outras substâncias prejudica a saúde, a qualidade de vida e o ambiente.
O investimento na despoluição de bacias hidrográficas é apontado como um dos fatores preponderantes para a melhoria da qualidade das águas. São enumerados ainda investimentos no monitoramento da qualidade das águas, em programas relacionados à prevenção de cheias e também em programas como os de educação ambiental, sanitária e educação para a saúde.
Dentro do Ministério do Meio Ambiente, a recuperação e preservação das bacias hidrográficas do Alto Paraguai e da Bacia do São Francisco estão entre as principais atividades desenvolvidas pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SHRU) no programa intersetorial voltado ao uso e conservação de recursos hídricos. Na bacia do Alto Paraguai, a prioridade é a revitalização de sete sub-bacias, entre elas, a do rio Taquari, ação considerada de vital importância para a recuperação da bacia do Alto Paraguai.
Uma iniciativa que vem sendo implementada no local é a instalação de uma rede de viveiros para a produção de mudas. A elaboração do macrozoneamento das Áreas de Preservação Ambiental (APA) das nascentes do rio Paraguai junto com a sensibilização e mobilização da comunidade local, com o objetivo de promover a educação ambiental são ações adicionais que fazem parte do processo de recuperação daquela bacia.
No processo de recuperação da Bacia do São Francisco, também vem sendo desenvolvidas ações de conservação, recuperação e manejo do solo e da água em microbacias, com ações de recuperação de áreas degradadas na APA das nascentes, levantamento florístico, implantação de viveiros, plantio de mudas e monitoramento da água.
Para este projeto, a SHRU está investindo na instalação de um Centro de Referência Integrado. Ele será responsável por articular inter e intrainstitucionalmente as atividades de pesquisa e estudos sobre o Rio São Francisco. No local estão sendo promovidos cursos de capacitação para gestores, produtores e técnicos que atuam na região e ações de educação ambiental que garantam o princípio da transversalidade entre as ações do Governo Federal. Uma novidade no processo de recuperação da bacia é a implementação de um sistema de monitoramento ambiental que vai quantificar em quilômetros quadrados o desmatamento e gerar polígonos de indicativos de desmatamento recentes.
Até junho de 2010, deverão estar selecionadas as áreas prioritárias para criação de parques fluviais nos municípios que têm sua zona urbana na calha do Rio São Francisco ou na calha de seus afluentes. As potencialidades de cada um destes locais para a criação de parques fluviais serão determinadas por meio de sobrevoo e a seleção se dará a partir de detalhamento de proposta e à adesão de parceiros aos projetos.
Ainda é considerado pequeno o nível de conhecimento sobre a quantidade e qualidade das águas subterrâneas no Brasil. Por isso mesmo, a SHRU com parceiros de diversos segmentos, vem incrementando, por meio de estudos e pesquisas, o aumento do conhecimento hidrológico e implantando um sistema de monitoramento para este tipo de recurso natural. Estes estudos envolvem pesquisas específicas para um maior conhecimento e o monitoramento dos aquíferos de abrangência transfronteiriça e interestadual. Este conhecimento é fundamental para a criação de mecanismos de gestão integradas destes aquíferos.
Carente de recursos hídricos, o Nordeste tem no programa Água Doce uma alternativa para a obtenção de água potável e o desenvolvimento de atividades de cultura de peixes. O programa tem por base a dessalinização da água e já beneficiou até o momento mais de 50 mil pessoas naqueles estados. Para concretizar o processo, já foram implantadas três Unidades Demonstrativas (UDs) distribuídas nos estados do Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas e outras quatro aguardam para serem implantadas este ano, uma delas no Ceará.

Fonte: MMA

IBAMA continua “batalha” com traficantes de animais silvestres no Ceará

A batalha contra os traficantes de animais silvestres continua, e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) em conjunto com a Polícia Militar Ambiental apreenderam 135 aves da fauna silvestre em operações realizadas no Estado do Ceará.
Na quarta-feira (17) ocorreu a primeira apreensão de 51 pássaros, em Aquiraz. E no município de Maracanaú, outras 20 aves foram encontradas. Os responsáveis pelos animais foram encaminhados para a delegacia.
Após denúncias anônimas da população, o IBAMA fechou, na quinta-feira (18), três cativeiros ilegais de aves silvestres, em Olinda. Ao todo, foram apreendidos 64 pássaros, um papagaio e um jabuti. Entre os pássaros, estão espécies em extinção. De acordo com o IBAMA os animais devem permanecer na sede do Instituto, no Recife, até que possam ser reabilitadas para soltura.
As pessoas envolvidas nas apreensões vão responder por crime ambiental, além de pagar multa por manter em cativeiro animais da fauna silvestre brasileira sem licença do IBAMA.

Suposto traficante atira animais do 2º andar para escapar de fiscalização

Agentes ambientais apreenderam 82 animais silvestres em poder de um suposto traficante numa casa em Belém. Segundo o IBAMA, os fiscais enfrentaram resistência de familiares do suspeito, que tentaram impedir o acesso dos funcionários à residência enquanto ele tentava se desfazer dos animais para descaracterizar o crime ambiental. A ação aconteceu na tarde desta quinta-feira (18).
Pelo menos quatro aves morreram após serem atiradas do segundo andar da casa do suspeito, pois não tinham condições de voar, explica o chefe de fiscalização do IBAMA no Pará, Alex Lacerda. Outras conseguiram levantar vôo e fugir.
Entre os bichos encontrados na residência havia 12 periquitos, 4 jabutis e 1 tucano. O restante estava dividido em diferentes quantidades de curiós, bicudos, sabiás e azulões. Eles foram levados a um zoológico.
É a terceira vez que o suspeito, que foi preso pelos maus-tratos, é autuado pelo IBAMA por tráfico de animais silvestres.
O crime ambiental foi informado às autoridades por meio de denúncia anônima. O infrator recebeu mais de R$ 500 mil em multas e tem 20 dias para apresentar defesa.

Fonte: Globo Amazônia

sexta-feira, 19 de março de 2010

Expansão mundial de energia eólica continua apesar de reflexos da crise econômica

O Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council) divulgou em fevereiro os números do avanço de projetos de energia eólica no mundo em 2009. A capacidade instalada cresceu 31% em 2009, passando de 120, 8 GW para 157,9 GW (ou 157.900 MW). Estes números têm superado as projeções mais otimistas do Greenpeace e surpreendido inclusive até mesmo a indústria eólica.
O crescimento representa cerca de três usinas de Itaipu e aconteceu em grande parte na China, que acrescentou 13 GW e dobrou sua capacidade instalada pelo terceiro ano seguido. Os Estados Unidos vieram com a segunda maior contribuição, de 9,9 GW, e seguem como o país com maior capacidade de energia eólica no mundo, com 35 GW. A Europa instalou 10,5 GW no ano passado, liderados por Espanha (2,5 GW) e Alemanha (1,9 GW).
"A continuidade do rápido crescimento da energia eólica, apesar da crise financeira
e da recessão econômica é uma prova da capacidade de atratividade desta tecnologia limpa, confiável e rápida de instalar. A energia eólica se tornou a fonte que mais cresce em cada vez mais países do mundo", disse Steve Sawyer, Secretário Geral do GWEC. "Apesar da falta de consenso nas negociações de Copenhague, a energia eólica continuou a crescer graças a políticas energéticas nacionais em seus principais mercados", disse ele.
O mercado global de turbinas eólicas movimento cerca de 63 bilhões de dólares em 2009, empregando cerca de meio milhão de pessoas ao redor do mundo, de acordo com a GWEC. Os 157,9 GW de capacidade instalada economizam cerca de 204 milhões de toneladas equivalentes de carbono por ano. Estes números não deixam dúvidas de que a energia eólica é a escolha certa tanto para a economia, quanto para o clima.
O Brasil, que havia fechado 2008 com 400 MW instalados, agora conta com 660 MW de capacidade instalada. A conclusão das usinas contratadas pelo Proinfa (Programa Nacional de Incentivo às Fontes Alternativas) e o impulso dado pelo primeiro leilão de energia eólica, realizado em dezembro de 2009, devem elevar este número a 3 mil MW em 2012.
“O Brasil tem todas as condições de aproveitar seu gigantesco potencial eólico e posicionar-se entre os países de maiores gerações no mundo. Para tanto, o Greenpeace vem trabalhando no fortalecimento das políticas energéticas para novas fontes renováveis no país e pede a realização de leilões anuais de 1000 MW para a fonte eólica.” declarou Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace Brasil.

Fonte: Greenpeace

Cientistas descobrem como envelhecer e matar células do câncer

Em vez de matar células cancerígenas com drogas tóxicas, cientistas de Harvard descobriram um caminho molecular que as obriga a envelhecer e morrer.
As células cancerígenas se espalham e crescem porque podem dividir-se indefinidamente. Mas um estudo em ratos mostrou que o bloqueio de um gene causador do câncer chamado Skp2 forçou células cancerígenas a passar por um processo de envelhecimento conhecido como senescência - o mesmo processo envolvido na ação de livrar o corpo de células danificadas pela luz solar.
Se você bloqueia o Skp2 em células cancerígenas, o processo é desencadeado, relatou Pier Paolo Pandolfi da Harvard Medical School, em Boston, e colegas em artigo publicado na revista "Nature".
A droga experimental contra o câncer MLN4924, da Takeda Pharmaceutical - já na primeira fase de experimento clínico em humanos - parece ter o poder de fazer exatamente isso, disse Pandolfi em entrevista por telefone.
A descoberta pode significar uma nova estratégia para o combate ao câncer. "O que descobrimos é que se você danifica células, as células têm um mecanismo de adensamento para se colocar fora de ação", disse Pandolfi. "Elas são impedidas irreversivelmente de crescer."
A equipe usou para o estudo ratos geneticamente modificados que desenvolveram uma forma de câncer de próstata. Em alguns deles, os cientistas tornaram inativo o gene Skp2. Quando o rato atingiu seis meses de vida, eles descobriram que os portadores de um gene Skp2 inativo não desenvolveram tumores, ao contrário dos outros ratos da pesquisa.
Quando eles analisaram os tecidos de nódulos linfáticos e da próstata, descobriram que muitas células tinham começado a envelhecer, e também encontraram uma lentidão na divisão de células.
Esse não era o caso em ratos com a função normal do Skp2. Eles obtiveram efeito semelhante quando usaram a droga MLN4924 no bloqueio do Skp2 em culturas de laboratório de células de câncer da próstata.

Fonte: G1

Seminário apresenta substância para substituir gases nocivos à camada de ozônio

O bem-sucedido modelo que reduziu em mais de 95% o lançamento na atmosfera de Clorofluorcarbono (CFC), gás que destrói a Camada de Ozônio, já começou a ser aplicado para eliminar do mercado os seus substitutos, os Hidroclofluorcarbonos, HCFCs, utilizado em larga escala nos refrigeradores, ar-condicionados e na indústria de plásticos. Mesmo com potencial agressivo 50 vezes menor, os HCFCs terão que ser banidos dos processos industriais até 2040, segundo determina o Protocolo de Montreal, do qual o Brasil é signatário.
O Ministério do Meio Ambiente apresenta, na próxima terça-feira (23), em Curitiba (PR), o resultado de 16 experiências brasileiras e mexicanas de substituição dos HCFCs por Formiato de Metila. A substância é uma das alternativas para a redução de emissões de gases prejudiciais à camada de ozônio. Setores envolvidos com a fabricação de bens de consumo que contêm os HCFCs em sua formulação vão conhecer e discutir a viabilidade econômica, a segurança, os riscos à saúde e questões técnicas que envolvem aplicação da nova tecnologia.
Os HCFCs chegaram ao mercado consumidor na década de 80 como alternativa ao uso dos CFCs. Eram a melhor opção disponível por serem mais práticos e baratos, não exigindo grandes adaptações na produção. Somado ao seu menor potencial de impacto na camada de ozônio, foram prontamente adotados. Porém, o Protocolo modificou os prazos e atualmente prevê a paralisação em 2013 dos níveis de consumo e, a partir de 2015, a redução de 10%, de sua aplicação nos processos industriais.
Participam do Seminário Internacional na capital paranaense, empresas total ou parcialmente nacionais. Potenciais candidatas à utilização dos recursos do Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal para conversão de seus processos industriais que utilizem HCFCs, se reúnem com membros da secretaria executiva do organismo e representantes de Unidades de Ozônio dos países membros do Protocolo. Segundo a Coordenação de Proteção da Camada de Ozônio do MMA, são realizadas reuniões anuais com o mercado para a busca de soluções de substituição, já que essa é uma exigência do acordo internacional.
Algumas alternativas ao gás já estão à disposição no mercado. O Projeto Piloto de Tecnologias Livres de HCFCs pretende incluir o Formiato de Metila nesse rol. A substância tem características que atendem principalmente à aplicação como alternativa nos processos de fabricação de espuma de Poliuretano (PU). Este tipo de plástico está no ciclo de produção de vários bens de consumo domésticos e industriais, sendo usado também como gás propelente em alguns tipos de aerosol. Esses setores estão obrigados a fazer a sua substituição gradativa.

Fonte: MMA

Ruralistas reagem à lista de "exterminadores do futuro" criada por ONG

Uma campanha lançada na última semana pela organização não governamental SOS Mata Atlântica deu início a um novo round na briga entre ruralistas e ambientalistas no Congresso Nacional. Batizada de "Exterminadores do Futuro", a iniciativa da ONG vai listar políticos que "agem contra o ambiente".
Na mira estão, por exemplo, parlamentares que defendem a flexibilização de leis ambientais, como o Código Florestal.
A bancada ruralista reagiu e pretende entrar no Conselho de Ética da Câmara contra os parlamentares que apoiam a criação e divulgação da lista de "exterminadores". O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Abelardo Lupion (DEM-PR), disse que a primeira representação será contra o colega Sarney Filho (PV-MA), presidente da Frente Parlamentar Ambientalista.
"Vai ser por quebra de decoro parlamentar. Foi uma canalhice do Zequinha Sarney. Não aceitamos que se tragam ONGs estrangeiras para fazer terrorismo contra deputados que estão fazendo um trabalho sério", argumentou.
Segundo Lupion, os advogados da Comissão de Agricultura estão levantando informações sobre outros parlamentares que manifestaram apoio à iniciativa.
Sarney Filho, que participou do lançamento da campanha, disse que não se sente intimidado com a ameaça de representação no Conselho de Ética. "Se for pelo fato de estar defendendo o desenvolvimento sustentável, a diversidade e os ecossistemas, me sinto até honrado de ir ao conselho."
O deputado considera a atitude dos ruralistas uma tentativa de intimidar a bancada verde diante da proximidade da votação do relatório sobre modificações no Código Florestal. "Mas o tiro saiu pela culatra. Essa situação só reforça nossas convicções", acrescentou.
Além dos deputados, Lupion disse que pretende entrar na Justiça contra a ONG caso seu nome apareça no ranking. "A partir do momento que ele divulgarem a tal lista, vamos entrar com ações de perdas e danos, de difamação, vamos quebrar essas ONGs", adiantou.
A lista deve ser divulgada no começo de julho, às vésperas do período eleitoral. Em maio, uma versão prévia deverá ser apresentada e os "exterminadores" indicados poderão se defender antes da inclusão definitiva no ranking de inimigos do meio ambiente.

Fonte: Radiobrás

ITES rejeita proposta americana de proibir comércio de ursos polares

A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Silvestres (CITES), entidade que regula o comércio de espécies da vida selvagem ameaçadas, rejeitou nesta quinta-feira (18) uma proposta, apresentada pelos Estados Unidos, de proibir o comércio internacional de ursos polares, durante uma conferência da instituição em Doha.
A rejeição do órgão abre dúvidas sobre sua idoneidade e interesses comerciais de países envolvidos, pois é comprovado que os ursos polares são uns dos principais a sofrerem com os efeitos das mudanças climáticas ocasionadas pelo aquecimento global. A espécie é considerada "vulnerável", com um declínio de 30% de suas populações nos últimos 45 anos.
Chefe da delegação americana, Jane Lyder, afirmou que até 700 ursos polares são mortos ilegalmente ao ano, em particular na Rússia. Estima-se que haja entre 20 e 25 mil ursos polares vivendo entre Canadá, Groenlândia, Noruega, Rússia e o estado americano do Alasca. Eles são mortos, sobretudo, por causa de sua pele, dos dentes e dos ossos, ou são usados como troféus de caça.
Infelizmente a maioria dos países participantes da conferência da CITES na capital do Qatar afirmam que o derretimento das geleiras, provocado pelo aquecimento global, é a principal ameaça ao animal. Porém, mesmo ciente deste agravante, eles julgam correto o comércio do animal sofrendo chances de extinção pelo homem em duas formas: emissões de poluentes e caça.
O Canadá alegou que apenas 2% dos ursos polares "são comercializados a cada ano" e que este número se mantém estável, porém existem informações que asseguram que cerca de 300 ursos polares são comercializados internacionalmente a cada ano, sobretudo por povos indígenas, 210 deles por comunidades inuits do Canadá.
Alguns países, como a Groenlândia proibiram às exportações de urso em 2008.
Jeff Flocken, diretor do grupo conservacionista Fundo Internacional para o Bem-estar dos Animais (IFAW) lamenta: “foi uma oportunidade perdida, a última chance para responder às ameaças que o urso polar enfrenta”

Proibição de exportação do atum-rabilho é rejeitada em reunião da ONU

Uma proposta para proibir a exportação do atum-rabilho - considerado o de melhor qualidade para a produção de sushis - foi rejeitada em um encontro sobre vida selvagem da Organização das Nações Unidas.
Japão, Canadá e muitos países pobres se opuseram à proposta, alegando que devastaria economias pesqueiras.
Mônaco apresentou a proposta na reunião da Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies em Perigo (CITES, na sigla em inglês).
O estoque global do peixe caiu cerca de 85% desde o início de sua pesca intensiva.
Ao apresentar a proposta, Mônaco argumentou que o órgão responsável por monitorar a pesca do atum-rabilho - a Comissão Internacional para a Conservação dos Atuns do Atlântico (Iccat, na sigla em inglês) - não implementou medidas restritivas o suficiente para garantir a sobrevivência da espécie.
Cientistas e ativistas se mostraram decepcionados com o resultado.
"Acreditamos que seja um golpe, porque a Iccat não vem conseguindo demonstrar que pode implementar medidas que levem à recuperação (do atum-rabilho)", disse Glenn Sant, líder do programa marinho global da Traffic, a rede internacional que monitora o comércio de vida selvagem.
"Não há dúvidas de que (a proposta) cumpria os critérios (científicos)" para ser incluída na lista de espécies cujo comércio é restringido pela CITES - afirmou Sant à BBC da conferência em Doha, no Catar.
A intenção era que fosse instituída a proibição total do comércio do atum-rabilho.
Margem - As votações da CITES podem ser revistas no último dia da reunião, mas a margem de votos sugere que a decisão não será revertida, afirma Sant.
Na primeira votação - sobre uma emenda da União Europeia que enfraquecia a proposta original apresentada por Mônaco, mas endossava a proibição - a proposta foi derrotada por 72 votos a 43.
Na votação seguinte, da moção original, ela foi derrotada por 68 votos a 20.
Os países europeus tiveram que se abster da segunda votação, já que seus delegados não tinham autoridade de seus governos para votá-la.
A União Europeia tem que votar em bloco em negociações como essa, e países com grande pesca de atum-rabilho, como a França, Itália e Espanha, não estavam propensos a apoiar uma proibição imediata.
O Japão - o principal país consumidor de atum-rabilho - se opôs à proposta desde antes do início da reunião da CITES, argumentando que a pesca comercial deve ser monitorada por órgãos como a Iccat.
Sue Lieberman, diretora de política internacional do grupo ambientalista Pew, sugere que o lobby da indústria pesqueira foi responsável pela rejeição da proposta.
"Essa reunião representava uma oportunidade de ouro para os governos adotarem uma postura contra a pesca excessiva, e muitos governos fracassaram em fazê-lo", disse ela.
"O mercado para esse peixe é simplesmente muito lucrativo, e a pressão dos interesses pesqueiros muito forte para que governos apoiem um futuro verdadeiramente sustentável para esse peixe."



Fonte: G1

Aumento de 4% das áreas de florestas de São Paulo em dez anos

Houve um aumento de 94 mil hectares na cobertura vegetal no Estado de São Paulo entre os anos de 2001 a 2008. O resultado veio através do levantamento feito durante 15 meses pelo Instituto Florestal do Estado de São Paulo, onde utilizaram o sistema de satélite japonês Alos.
De acordo com as imagens e dados levantados, foi possível verificar que 17% do estado é coberto por mata, em vez dos 13% apontados no levantamento de dez anos atrás. As fotografias também mostraram que a vegetação nativa cobre uma área 1 milhão de hectares maior do que se havia estimado anteriormente.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Xico Graziano disse que a expansão da área com vegetação é resultado da redução no ritmo de destruição das florestas aliada aos bons resultados das ações de recuperação. “Nós conseguimos comprovar, nos últimos levantamentos, as duas coisas: cai o desmatamento, hoje ele é muito pequeno. E a recuperação ambiental está mais forte do que nós mesmos imaginávamos”. Graziano complementa: “isso [aumento da cobertura vegetal] é muito importante, porque a recuperação das florestas não só é bom para a biodiversidade, mas também promove a retirada de gás carbônico da atmosfera”.
A nova tecnologia de satélite permitirá, de acordo com ele, uma melhor fiscalização do desmatamento e elaborar estratégias de recuperação mais eficientes. “Agora nós temos uma melhor capacidade de controle dessas áreas, nós as enxergamos melhor, conseguimos fazer uma fiscalização melhor e, mais ainda, nós temos como trabalhar no sentido de fazer a conectividade.”
Segundo Graziano, trabalhar com o replantio de árvores em áreas de vegetação natural permite aumentar as regiões contínuas de floresta, o que é importante para o desenvolvimento da fauna e flora. “Porque pequenas áreas isoladas têm um efeito. E se nós conseguirmos juntar essas áreas com replantio de florestas, aí, formamos florestas maiores. Então, esse dado é muito importante para a biodiversidade”, destacou o secretário.
A meta do estado de São Paulo é recuperar 1 milhão de hectares em matas ciliares, que margeiam os rios, em um período de 25 anos. Segundo Graziano, 250 mil hectares já estão em processo de recuperação, mas ainda não podem ser vistos pelo satélite por serem muito recentes. “As florestas jovens, de até 5 anos, a fotografia de satélite não permite a leitura dessas áreas, só quando elas atingem uma idade um pouco maior”.
O inventário da cobertura vegetal do estado deverá ser atualizado a cada três anos.

Após protestos do Greenpeace, a Nestlé cancela compras do óleo de palma da Indonésia

Após manifestações e protestos na Inglaterra, Alemanha e Holanda do Greenpeace contra a Nestlé. A empresa suíça cancelou seu contrato de compra de óleo de palma da companhia Smart, filial da indonésia Sinar.
O anúncio foi feito logo depois o lançamento, na quarta-feira (17), de uma campanha européia do Greenpeace que relaciona as barras de chocolate Kit Kat, um dos principais produtos da Nestlé, ao desaparecimento dos orangotangos na Indonésia devido ao desmatamento de florestas tropicais – habitat natural do mamífero.

Nestlé financia destruição de floresta e põe orangotangos no rumo da extinção

Na quarta-feira (17), protestos pipocaram por toda a Europa contra a destruição das florestas que servem de habitat para orangotangos na Indonésia. O motor dessa devastação, que colocou os primatas à beira da extinção, é a conversão do uso do solo de mata virgem para o plantio de palmáceas.
A Nestlé, que sustenta essa atividade comprando óleo de palma da Indonésia para produzir chocolates como o Kit kat, foi o alvo das manifestações no continente europeu, parte de uma campanha global que o Greenpeace lança hoje contra a companhia. A Nestlé por enquanto continua jogando de ponta de lança no time das empresas que estimulam a destruição das florestas tropicias.
Além de financiar a derrubada em massa de mata na Indonésia e empurrar os orangotangos para o abismo da extinção, a Nestlé está contribuindo para agravar o aquecimento global. Florestas ajudam a regular o clima e acabar com o desmatamento, uma das maneiras mais rápidas de reduzir as emissões de Co2 na atmosfera.
Foi por isso que escritórios da Nestlé na Inglaterra, Holanda e Alemanha acabaram sendo palco de protestos por ativistas do Greenpeace, pedindo para que a empresa deixe de utilizar óleo de palma proveniente da destruição de área antes ocupada por florestas na Indonésia.
As manifestações concidiram com o lançamento de um novo relatório do Greenpeace – 'Pega com a mão na cumbuca: como o emprego de óleo de palma pela Nestlé tem um impacto devastador na floresta tropical, no clima e nos orangotangos' (em inglês) – que expõe os laços entre a Nestlé e fornecedores de óleo de palma, como a Sinar Mas, que estão ampliando suas plantações em florestas de turfa (ricas em carbono) e nas florestas tropicias da Indonésia.
Além da produção de óleo de palma, a Sinar Mas também é proprietária da Ásia celulose, a maior empresa de papel da Indonésia. A empresa também infringe a lei da Indonésia ao destruir as florestas protegidas para cultivar plantações de óleo de palma.
Como todos devem saber, a Nestlé é a maior empresa de alimentos e bebidas do mundo. O que ninguém sabia até então era que a empresa também é um grande consumidor de óleo de palma produzido às custas do desmatamento das florestas tropicais. Nos últimos três anos, a utilização anual do óleo quase duplicou, alcançando a marca de 320.000 toneladas que entram em uma enorme gama de produtos, incluindo o chocolate mega popular KitKat, que não é vendido no Brasil.
"Toda vez que você der uma mordida em um KitKat, você pode estar dando uma mordida nas florestas tropicais da Indonésia, que são fundamentais para a sobrevivência dos orangotangos. A Nestlé precisa dar aos orangotangos uma pausa e parar de utilizar óleo de palma de fornecedores que estão destruindo as florestas", disse Daniela Montalto, do Greenpeace internacional.
 
Fonte: Greenpeace

Empresas pagam a consumidores americanos que economizarem energia

Por maior que seja a discussão mundial sobre os efeitos das mudanças climáticas em nossas vidas, os americanos continuam sem se “comover” com a situação e colaborar em reduzir seus consumos, principalmente o de energia. Pensando nisso, algumas empresas encontraram uma solução: remunerar os que economizarem energia. Uma espécie de mercado de carbono para pessoas físicas.
A corretora de energia americana MyEex, localizada em White Plains (estado de Nova York), acaba de lançar uma plataforma que permite comprar créditos de emissão de pessoas físicas que economizarem. A idéia é fazer com que o maior número de americanos adira a proposta, e com isso, haverá um impacto real sobre as emissões de gases do efeito estufa.
Até o momento, cerca de 2.000 casas já se registraram na MyEex, que tenta certificar seu método que consiste em avaliar a economia de energia a partir do estudo de gastos nas contas de calefação e eletricidade.
Quem obteve o primeiro crédito de carbono emitido pela empresa foi Randy Wilson, que considera a iniciativa excelente. Ele decidiu agir no ano passado, ao descobrir que sua companhia de eletricidade pretendia aumentar as tarifas em até 40%. Juntamente com sua mulher, eles instalaram bombas elétricas de baixo consumo, decidiram tirar da tomada todos os aparelhos elétricos - como computadores - quando não estavam em uso, e instalaram um sistema de painéis solares que lhes custou 58 mil dólares no teto de sua residência na Pensilvânia (leste do país). A conta de luz passou de 120 dólares por mês a zero.
Segundo a Agência de Proteção Ambiental (EPA), aproximadamente 17% das emissões de gases de efeito estufa nos Estados Unidos provêm de residências, por conta da calefação, ar condicionado ou eletricidade. Isso representa até quatro toneladas de equivalente a CO2 por pessoa ao ano.

Apesar de protestos governo marca leilão da hidrelétrica de Belo Monte para 20 de abril

Apesar de manifestações de ambientalistas e grupos de movimentação social do Pará, o governo marcou para o próximo dia 20 de abril o leilão para construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará. Belo Monte será a segunda maior usina em capacidade de geração de energia do país, atrás apenas de Itaipu.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é a responsável pela elaboração do edital, publicação e confecção do contrato de comercialização de energia. O Ministério de Minas e Energia definiu na portaria que o contrato será na modalidade por quantidade de energia, com prazo de duração de 30 anos e início do fornecimento em 2015.
O Tribunal de Contas da União aprovou quarta-feira (17) o teto máximo para o preço da energia de Belo Monte e elevou a estimativa do preço da obra de R$ 16 milhões para R$ 19 milhões. Segundo relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o aumento no valor da obra e no preço máximo, se deve às condicionantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) para conceder a licença para o início da construção.
Agora se inicia a elaboração da proposta e as empresas formarão consórcios, vencendo quem oferecer a menor tarifa. A estimativa do governo para o teto-máximo para o leilão é de R$ 83 por MWh, devido a necessidade de ter ações para reduzir o impacto social e ambiental na área da hidrelétrica.
A Hidrelétrica de Belo Monte terá capacidade de geração de energia de 11.200 MW. A potência máxima, porém, só pode ser obtida em tempo de cheia. Na seca, a geração pode ficar abaixo de mil MW. A energia assegura segundo o governo é de 4.500 MW.
Em nota no site, o Ministério de Minas e Energia disse que a hidrelétrica é a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais bandeiras do governo Lula. "[É] considerada pelo governo obra prioritária para garantir a energia elétrica necessária para o crescimento do Brasil".
Já que todas as manifestações, ações e debates envolta da construção da hidrelétrica, esperamos que o governo e a empresa que ganhar o leilão se comprometam de forma significativa na ação de minimização dos impactos ambientais e sociais na região.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Crime ambiental - zoológico chinês usou ossos de tigres em extinção para licor

Ironicamente o zoológico da cidade de Shenyang, no nordeste da China, onde 13 tigres siberianos - espécie sob grave risco de extinção - morreram de fome nos últimos meses, foi acusado nesta quarta-feira (17) pela imprensa chinesa de usar os ossos dos animais para elaborar licores medicinais. Sem sabermos da notícia sobre o licor feito com os ossos, já nos questionamos como um zoológico responsável pela vida destes animais em extinção pode deixar 13 animais morrerem de fome
De acordo com o jornal "Beijing News", a prática de fazer licor de ossos de tigre, muito apreciado há séculos pela medicina tradicional chinesa, mas atualmente ilegal, "começou no zôo em 2005 e o produto era entregue a departamentos estatais de polícia". Sim meus amigos, o descaso é tanto que a maior prova do ato ilegal é destinado para a própria polícia.
"Eu mesmo bebi licor de osso de tigre", afirmou a fonte anônima do zôo que revelou a prática ao jornal.
O destilado de osso de tigre, ou "hu gu jiu", pode chegar a custar US$ 4.100 por garrafa no mercado negro.
As regulamentações para evitar o tráfico de restos mortais de animais em extinção, vigentes desde 1993, exigem que os ossos e a pele dos tigres falecidos sejam guardados em salas frigoríficas e lacrados, mas aparentemente a lei não prevê quem deve ser responsável por estes caros procedimentos.
Em conseqüência, os tratadores do zôo de Shenyang, onde morreram cerca de 50 tigres desde o ano 2000 (a informação não explica as circunstâncias das mortes) ficaram responsáveis pelos restos e supostamente tiraram proveito econômico deles.
Outro jornal, o "Nanfang Daily", assegurou na semana passada que os tratadores não alimentaram os animais nos últimos meses, como chantagem para tentar pressionar o governo local para que pagasse as dívidas do zoológico, que não eram quitadas há 18 meses. Onze dos tigres morreram diretamente de fome, outros dois foram sacrificados após atacar seus tratadores, possivelmente por falta de comida, e outros três estão em situação grave. Equipes de veterinários trabalham contra o relógio para salvar suas vidas.
Cerca de 20 outros animais, entre leões, camelos, macacos, avestruzes e várias outras espécies, também morreram no zôo nos últimos três meses de inverno, época na qual a falta de visitantes diminui a receita proveniente do custo dos ingressos.
A China pode ser o país com maior crescimento financeiro no mundo hoje, mas sobre a consciência ambiental e respeito às formas de vida, já sabemos que está entre os últimos do ranking.

Combustível verde para satélite

Na hora de encher o tanque de combustível de um veículo espacial, os técnicos têm que vestir capacetes e roupas protetoras que os deixam parecidos com astronautas. A precaução é necessária por causa do combustível utilizado em satélites ou sondas, a hidrazina.
Por conta disso, a Agência Espacial Européia (ESA) está buscando um substituto para o combustível, que seja menos perigoso e também mais limpo. O projeto, conduzido junto com o Grupo de Corporações Espaciais da Suécia, envolve também o desenvolvimento de propulsores que funcionem com o novo tipo de propelente.
Usado primeiramente em foguetes da Luftwaffe, na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, a hidrazina continua o principal combustível para corrigir órbitas e realizar manobras em veículos no espaço. A hidrazina tem propriedades muito valiosas para os cientistas espaciais, como a capacidade de se inflamar facilmente quando em contato com um agente oxidante.
Mas o propelente é altamente corrosivo e extremamente tóxico. Quando liberado no ambiente se degrada em alguns dias, mas tem o potencial de causar danos a plantas e à vida marinha. Uma exposição de apenas 50 partes por milhão já é considerada potencialmente perigosa a humanos.
A ESA já chegou a uma alternativa, que vem sendo testada. Denominado LMP-103S, o combustível é baseado em dinitramida de amônio (ADN), misturado a metanol (álcool metílico), amônia e água.
“O ADN tem um rendimento 30% superior ao da hidrazina e é muito menos tóxico. Ele é mais seguro para ser transportado e dispensa o uso de vestimentas especiais para a sua utilização”, disse Mark Ford, chefe da divisão de engenharia de propulsão da ESA.
“Mas é bom ressaltar que nenhum combustível de foguete jamais será tão inofensivo como a água. Além disso, sabemos que não vamos substituir a hidrazina completamente, mas esperamos oferecer uma alternativa aceitável para a indústria espacial”, destacou.
Segundo Ford, ao reduzir os riscos pela troca por um combustível mais seguro além de mais limpo, as missões teriam seus orçamentos reduzidos. “Os satélites poderiam sair da fábrica já com tanques cheios. Atualmente, eles são abastecidos nas plataformas de lançamento, na última hora, por motivos de segurança”, disse.
Os engenheiros da ESA pretendem utilizar o novo combustível no lançamento de um satélite sueco Prisma ainda este ano. O combustível também está sendo considerado para a missão Proba-3, que tem como um de seus objetivos justamente testar novas tecnologias espaciais.

Fonte: Agência Fapesp

Famílias afetadas por construção de barragens protestam na Bahia

Representantes de comunidades afetadas por barragens ocupam, desde a manhã desta quarta-feira (17), o prédio administrativo da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), em Sobradinho (BA). Eles protestam contra o projeto de construção das barragens de Riacho Seco e Pedra Branca, no Rio São Francisco.
Segundo o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), cerca de 800 pessoas estão no local, vindas de municípios baianos e pernambucanos. Já a assessoria de imprensa da Chesf afirma que cerca de 300 pessoas ocupam o prédio. Para entrar, ainda de acordo com a Chesf, os manifestantes teriam danificado um portão.
A assessoria de imprensa da Chesf afirma que, até o fim deste mês, a diretoria da Companhia deve se reunir com representantes das comunidades para discutir o projeto.
Segundo o MAB, com o projeto das barragens, 20 mil pessoas seriam afetadas. Já para a Chesf, ainda não é possível calcular o número de famílias que seriam deslocadas com a construção das barragens.

Fonte: G1

Organizações discutem reforço no controle do tráfico de animais pela internet

A internet é um grande mercado sem fronteiras que os traficantes de espécies selvagens aproveitam para vender produtos de espécies selvagens, por exemplo, vinho de osso de tigre, marfim ou salamandras, mas também pode se voltar contra eles, dando pistas para encontrá-los.
A conferência da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Silvestres (CITES), reunida até 25 de março em Doha, examinará as possibilidades de se reforçar o controle do comércio na rede, agora que a quarta parte da população mundial tem acesso à internet.
Este é um tema com o qual as ONGs trabalham há anos: o Fundo Mundial para a Proteção dos Animais (Ifaw, em inglês) fez uma investigação em onze países, da Argentina à Rússia, passando por Estados Unidos, Colômbia e França, enviado a Cites, e que concluiu que quase dois terços dos anúncios eram sobre marfim.
"Poucas vezes são presas, na verdade se trata mais de pequenos objetos", explicou Céline Sissler-Bienvenue, especialista da Ifaw para elefantes.
O comércio de aves exóticas também é próspero (20% das ofertas) e os investigadores encontraram inclusive primatas, répteis, tubarões, chifres de rinocerontes e esturjões, todas as espécies cuja comercialização está proibida ou sujeita à normativa da Cites.
Grace Ge Gabriel, encarregada da Ifaw na China, tem observado um pico nas vendas de vinho de osso de tigre (vinho de arroz curtido durante 3, 6 ou 9 anos com a carcaça do animal).
O mesmo acontece com a bílis de urso, usada na medicina tradicional chinesa, com forte potencial exportador.
"O mercado chinês está saturado, mas as alfândegas canadenses e americanas têm feito apreensões freqüentes", afirmou.
Em Doha, a organização Traffic chamou a atenção para uma pequena salamandra procedente do Irã ("Neurergus kaiseri"), da qual só restariam mil adultos vivendo na natureza. Em 2006, a entidade encontrou uma dezena de páginas na internet onde a espécie era posta à venda por 300 dólares.
"Uma companhia ucraniana afirma ter vendido mais de 200, capturadas na natureza, em um ano", disse Ernie Cooper, da Traffic canadense.
"A maior parte dos anúncios é de particulares", estimou Ge Gabriel. "As redes de traficantes contam com muitos outros meios para vender no atacado. Mas, com freqüência, quando se demora em localizá-las, a oferta desaparece", acrescentou.
Há dois anos, a maioria das grandes plataformas na internet proibiram o comércio de marfim e todos os derivados de espécies cuja comercialização é proibida pela Cites, inclusive o site chinês taobao.com.
"Mas os vendedores disfarçam sua oferta, mencionam 'dentes do maior animal terrestre' ou cometem erros de ortografia para escapar dos filtros", denunciou.
A Cites leva a sério este assunto, que já foi examinado por um grupo de trabalho em 2009, em Vancouver.
Segundo John Sellar, encarregado da luta contra o tráfico na secretaria da Convenção, é difícil avaliar o alcance do tráfico na rede mundial de computadores ou sua tendência.
"Os leilões se multiplicam, então há mais oferta. Mas o mesmo objeto pode ser vendido várias vezes. Não dispomos de números confiáveis", afirmou.
Benito Pérez, responsável há dez anos pela repressão de fraudes ambientais do governo americano, assegurou que em algumas ocasiões a internet permite que se chegue aos fornecedores.
Recentemente, lembrou, "uma investigação conjunta com a Tailândia permitiu a apreensão de dezenas de peças de marfim e a acusação, nos Estados Unidos, de um americano e de um tailandês".

Fonte: Folha Online

Aprovada resolução que define estágios da vegetação em campos de altitude

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) aprovou ontem (17), a proposta de resolução que define parâmetros para os estágios sucessionais da vegetação nos campos de altitude. A medida visa os processos de licenciamento ambiental para exploração de atividades nessas áreas. "Esses parâmetros conjugados vão permitir uma análise mais sólida dos processos de licenciamento", destacou a secretária executiva do Ministério do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante o primeiro dia de reunião do colegiado.
A determinação de regulamentação da lei pelo Conama estava prevista na Lei da Mata Atlântica (11.428/06). Com a regulamentação dos estágios sucessionais dos campos de altitude o conselho conclui a última etapa para que se possa operar a lei, esclareceu João de Deus, diretor de Florestas do MMA. "Fechamos a regulamentação sobre todos os tipos de vegetação da Mata Atlântica com a definição de parâmetros para os estágios sucessionais dos sistemas de florestas, restingas e, agora, campos de altitude". Bons exemplos desse tipo de vegetação são o Pico da Bandeira, na divisa do Espírito Santo com Minas Gerais; e o Pico das Agulhas Negras, no Rio de Janeiro.
Em decorrência de desmatamentos ou exploração excessiva, as áreas florestais hoje existentes no Bioma Mata Atlântica se apresentam em diferentes estágios sucessionais de regeneração ou recuperação. As florestas com características primitivas, aquelas que nunca foram exploradas, são raras e representam apenas uma pequena parte dos 7,84% de remanescentes, percentual insuficiente para garantir a conservação da biodiversidade, dos serviços ambientais e dos processos ecológicos no longo prazo.
O valor biológico e ambiental das florestas secundárias ganha ainda mais importância numa situação extrema como é a da Mata Atlântica. As florestas secundárias também podem proporcionar diversos produtos como lenha, folhas, frutos, ervas medicinais e plantas ornamentais. Elas são de extrema importância para o equilíbrio da paisagem e para o desenvolvimento do ecoturismo.
Com a resolução aprovada pelo Conama ficam definidos parâmetros para se avaliar se a vegetação está em estágio primário de conservação ou, no caso de estágio secundário, se está na fase inicial, média ou avançada de regeneração.
Pilhas e baterias - Na reunião desta quarta-feira (17), a primeira de 2010, o Conama também aprovou a revogação do parágrafo único do art. 16 da resolução, referente a pilhas e baterias, garantindo assim a entrada desses materiais importados no Brasil, sem prejuízo da fiscalização do IBAMA.

Fonte: MMA

Convenção internacional aprova pau-rosa em lista de espécies controladas

O pau-rosa (Aniba rosaeodora) entrou na lista de espécies de comércio controlado. Ontem na 15ª Reunião da Convenção Internacional sobre Espécies da Flora e Fauna Ameaçadas de Extinção (CITES), em Doha, no Catar foi aprovada com unanimidade a proposta do Brasil de incluir o pau-rosa na lista de espécies de comércio controlado. Desta forma, os 175 países participantes da convenção se comprometem a combater o tráfico desta variedade.
O combate a proteção ao pau-rosa ocorre por causa do desaparecimento de populações naturais da espécie nos estados do Pará e do Amapá, e em grande parte do estado do Amazonas.
Esta espécie pode atingir até 30 metros de altura e possui uma lenta regeneração natural. Em informações cedidas pelo IBAMA, o pau-rosa foi explorado durante décadas na região amazônica, pois o seu óleo extraído de sua madeira e folhas é rico em linalol, princípio ativo utilizado em perfumes.
A iniciativa teve como base dados do IBAMA que apontam uma grande diferença entre o volume autorizado de corte de pau-rosa e a quantidade desse óleo exportado.

Prestes a deixar cargo, Minc busca antecipar meta contra desmate do cerrado

A duas semanas de deixar o governo, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) atacou nesta terça-feira (16) a proposta brasileira para a redução do desmatamento no cerrado, apresentada na conferência do clima da ONU, em dezembro, em Copenhague.
Segundo ele, é um "absurdo" reduzir em 40% o desmate no bioma somente em 2020. Essa meta foi definida pela Casa Civil e pelo Itamaraty e contou com ajuda do próprio Minc.
Agora, às vésperas de deixar o cargo e disputar uma vaga de deputado estadual no Rio, o ministro petista decidiu atacar a proposta e apresentar ao presidente Lula a antecipação dessa meta para 2012, o que promete fazer ainda nesta semana.
O Meio Ambiente propõe que a média de 14 mil hectares devastados no cerrado entre 2003 e 2008 caia para 8.500 hectares na média entre 2009 e 2012, e não mais 2020.
"Chegar a 8.500 [hectares] em 2020 é um absurdo, quase metade do cerrado já foi para o brejo. Esse ritmo vai inviabilizar alguns ecossistemas, algumas espécies, algumas fontes hídricas", disse o ministro.
A meta brasileira fala também na redução de 80% no desmatamento na Amazônia.
Carvão e grãos - A fala de Minc ocorreu em entrevista na qual anunciou propostas para compor o plano de prevenção e controle do desmatamento e queimadas no cerrado, bioma forte na produção de grãos, em especial a soja, e de carvão para o abastecimento de siderúrgicas.
Todas essas propostas terão de passar pelo crivo de outros ministérios e do presidente antes de serem transformadas em decretos e portarias de governo - para o que não há prazo, já que se trata de ano com eleições presidenciais e de discussão sobre mudanças na legislação ambiental no Congresso.
Apesar disso, Minc insinua uma obrigação do governo. "Se [o governo] não quisesse tomar medidas fortes para proteger o cerrado, não teria adotado uma meta com a ONU de redução do desmatamento do cerrado. A gente quer que essa meta seja mais forte", declarou.
Além da antecipação da meta, Minc propõe, por exemplo, a criação de uma espécie de "lista suja" dos municípios que mais desmatam o cerrado, assim como já existe na região amazônica. Com isso, as propriedades com problemas ambientais e fundiários nessas localidades ficariam impedidas de captar créditos oficiais.
"Alguma chiadeira vai ter, mais isso faz parte", disse, em relação a possíveis críticas dos ruralistas a essas propostas.
Minc quer também que Lula abrace a proposta de impor 2013 como limite para que as siderúrgicas do país deixem de usar carvão de matas nativas.

Fonte: Folha de São Paulo

Biocombustível pode garantir energia nos jogos da Copa de 2014

O seminário “A Copa do Mundo de 2014 – Normatização para Obras Sustentáveis”, que reuniu empresários de diversas áreas no Senado por dois dias e terminou na quarta-feira (17), por iniciativa da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, apresentou a proposta para que o biocombustível de soja pode ser utilizado como principal fonte de energia nos jogos da Copa do Mundo no Brasil e pode ser utilizado com total segurança pelos meios de comunicação, sem risco de interrupção no fornecimento durante os eventos.
De acordo com o empresário Silvio de Oliveira, fabricante de motores de caminhão e que montou uma usina de biocombustível, que defende a idéia com um certo interesse próprio e “eventos como os jogos da Copa do Mundo não podem depender do fornecimento convencional de energia elétrica pelas empresas concessionárias, devido ao risco de apagão repentino. Num caso desses, os geradores de emergência entram em ação, mas levam pelo menos 15 segundos para restabelecer a energia, o que causaria sérios prejuízos às transmissões. Assim, a proposta é que os geradores a biocombustível garantam a energia e o sistema convencional funcione como fonte secundária. Isso seria mais prático, mais seguro e daria tranquilidade para todo mundo que estivesse trabalhando ou assistindo aos jogos”. Ele estima que a Copa do Mundo gastaria cerca de 2 bilhões de litros de biocombustível, caso fosse totalmente realizada com este combustível como sua principal fonte energética. Segundo ele, não haveria problemas para isso, porque, hoje, o país produz 5% (2,2 bilhões de litros) de biocombustível dos 44 bilhões de litros de diesel que consome por ano e pretende chegar a 20%, podendo estar próximo disso em 2014.
A solução apresentada não deixa de ser uma ótima alternativa “sustentável”, porém vale ressaltar que aparenta maior interesse comercial nesta ação do que ambiental.

UE apoia relatório climático da ONU, mesmo com exageros

Começo “tirando o chapéu” da União Européia por demonstrar apoio explícito aos especialistas em clima da Organização das Nações Unidas (ONU), criticados por céticos depois da divulgação de dados equivocados sobre o aquecimento global.
O ceticismo com relação à mudança climática ganhou grande repercussão quando o Painel Intergovernamental da ONU sobre a Mudança Climática (IPCC) admitiu em janeiro que seu último relatório, de 2007, exagerava nas previsões sobre a velocidade do derretimento das geleiras do Himalaia. E em fevereiro, o IPCC reconheceu que havia exagerado também ao citar a propensão da Holanda ao alagamento.
Notícia esta que alimentou os países, empresas e governantes que se empenhavam em desmentir os efeitos do aquecimento global, e “lutavam” de certa forma a combater a política sustentável no mundo.
Mesmo com estas erratas do IPCC, os ministros europeus consideraram a ciência feita pelo IPCC como "sólida e robusta" e disseram que seus relatórios são a avaliação mais autorizada que há a respeito da mudança climática.
Em suas conclusões, os ministros defenderam também uma rápida mobilização dos 10 bilhões de dólares anuais que os países ricos prometeram às nações pobres no período de 2010-12 para ajudá-las a combater a mudança climática e a ela se adaptar.
Essa verba foi um dos poucos elementos concretos definidos na cúpula climática da ONU em dezembro em Copenhague, na Dinamarca. Muitos países europeus já estão perdendo as esperanças de que a próxima conferência climática, em novembro, no México, resulte um novo tratado climático global com validade jurídica.
Finalizo com a frase do eurodeputado holandês Bas Eickhout, do bloco Esquerda Verde, onde diz: "não precisamos de mais pesquisas - há uma série de evidências salientando por que a UE precisa aumentar sua meta agora".

Moradores fazem protesto contra obra de Hidrelétrica de Belo Monte

Cerca de 1,5 mil pessoas fizeram uma caminhada pelas ruas de Altamira (PA), em protesto contra a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, nesta segunda-feira (15). As lideranças das aldeias indígenas que serão afetadas pela construção da usina, no leito do Rio Xingu, no Pará, já afirmaram ao G1 que vão usar todas as armas na luta para evitar que a obra seja concretizada.
A ação foi organizada por integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens e Movimento Xingu Vivo para Sempre. Durante a caminhada, foram queimados bonecos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de Dilma Roussef, ministra-chefe da Casa Civil, e de Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente.
Problema ambiental - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) concedeu licença prévia para construção da usina em fevereiro deste ano. A decisão revoltou Luis Xipaia, cacique da aldeia tukaia e presidente do Conselho Indígena de Altamira (Coia). Ele disse que mais de quatro mil índios de nove aldeias da região estão prontos para "pegar em armas".
Xipaia realiza assembleias para decidir ações a serem tomadas para evitar que o projeto da hidrelétrica siga em frente. "O Governo federal só vai construir a usina se matar os índios que vivem aqui. O Rio Xingu vai ficar vermelho de sangue. A nossa resistência será maior do que a realizada na reserva Raposa Serra do Sol."
As entidades que compõem o Movimento Xingu Vivo para Sempre já fizeram vigílias, em frente ao escritório regional do IBAMA, em Altamira (PA), em repúdio pela liberação da licença prévia para construção da usina. Outras manifestações foram realizadas em Santarém (PA) e Belém.
Histórico - O governo quer realizar o leilão de concessão da usina hidrelétrica de Belo Monte até o dia 12 de abril, segundo informação divulgada no balanço de três anos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).
Especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), da Universidade Federal do Pará, do Museu Paraense Emílio Goeldi, do Instituto Sócio Ambiental (ISA) e do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, pela sigla em inglês) realizaram um estudo apontando impactos ambientais da construção da usina para a vegetação local, animais e até sobre as populações indígenas que habitam um trecho do rio conhecido como Volta Grande do Xingu.
Energia x impacto ambiental - O estudo de impacto ambiental indica falhas na previsão de geração de energia da usina, que seria maior do que a capacidade real do projeto. Os estudos preliminares para a construção de uma hidrelétrica no Rio Xingu foram feitos na década de 1980. O projeto da barragem e de canais desviam parte do leito do rio. O cálculo prevê que cerca de 100 quilômetros do curso d'água fiquem secos.
A obra prevê a capacidade de geração de 4.719 megawatts (MW) no período seco e 11.181 MW com a usina em plena capacidade. A Usina de Itaipu – a maior do Brasil – tem capacidade para 14 mil MW. Os reservatórios de Belo Monte, incluindo os canais, ocuparão uma área de 516 km², o equivalente a um terço do município de São Paulo.

Fonte: G1