Tento ser menos radical com relação ao homem, a que ponto a humanidade chegou, mas dia a dia, com tudo que vemos e ouvimos fica difícil não ser crítico e até descrente com o caminho que vem se seguindo.
Eu, como muitos ambientalistas, estamos ansiosos para saber se a Conferência da ONU sobre o clima será realmente proveitosa ou não. Em 1992, foi consagrado no Rio de Janeiro, na Eco 92, o conceito de sustentabilidade, e podemos dizer que foi um marco na questão ambiental, ali iniciou-se a política para conservar o meio ambiente, mas infelizmente vemos que se passaram 17 anos e foi feito muito pouco pela importância da questão.
Venho me perguntando há anos, o que ocorre com a Inteligência humana. O homem é o único animal capaz de desenvolver a inteligência, mas vemos neste “único homem” desvio de caráter em sua personalidade se baseado em outras formas de vida animal. O homem é o único animal que não mata para comer, e sim por maldade; o homem é o único animal domesticado, porém não sabe viver em sociedade.
Conquistamos a ciência, a tecnologia e a evolução e com ela nasceu o capitalismo, e hoje nos tornamos cegos, incapazes de agirmos de acordo com as necessidades básicas. Se virmos em registros históricos haver vida no planeta há milhares de anos, curioso observarmos que só agora, nos últimos 150 anos, o homem conseguiu destruir o planeta ao equivalente a quando tudo começou. As civilizações mais antigas foram sábias, praticava a sustentabilidade antes ao mesmo de se imaginar o que seria esta nomenclatura e seu significado.
A burrice humana se preocupa com cifrões e receitas, mas as “exigências” do planeta em continuar a viver em harmonia com seus habitantes vêm através de atos, ações e não do depósito em sua conta corrente. Sempre digo que nós não vivemos sem o meio (ambiente), mas o meio vive muito melhor sem nós.
Todos os dias quando vejo a falta de interesse e empenho em combater o aquecimento global, sendo este comprovado por cientistas, e melhor, por nós, basta olharmos como era há 10,20,30 anos atrás fica difícil entender tamanho desinteresse. Até mesmo o Principe Charles em Copenhage nesta última terça-feira desabafou: "A realidade crua é a de que nosso planeta alcançou um ponto crítico, da mesma maneira que a humanidade teve o poder de levar o mundo ao limite, também tem o poder de devolver-lhe o equilíbrio. Em nossa situação cada vez mais precária - num pequeno, único e precioso planeta - isto não é um problema que pode ser resolvido em termos de 'eles e nós. Quando se trata do ar que respiramos e da água que bebemos, não há fronteiras nacionais, uma solução parcial para a mudança climática não é solução. Deve ser global e também completa".
Realmente, temos que agir agora, caso contrário, os Maias estariam certos, o mundo vai “chacoalhar”, agora só nos resta saber se eles acertaram na data. Quem viver verá!
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