Começo “tirando o chapéu” da União Européia por demonstrar apoio explícito aos especialistas em clima da Organização das Nações Unidas (ONU), criticados por céticos depois da divulgação de dados equivocados sobre o aquecimento global.
O ceticismo com relação à mudança climática ganhou grande repercussão quando o Painel Intergovernamental da ONU sobre a Mudança Climática (IPCC) admitiu em janeiro que seu último relatório, de 2007, exagerava nas previsões sobre a velocidade do derretimento das geleiras do Himalaia. E em fevereiro, o IPCC reconheceu que havia exagerado também ao citar a propensão da Holanda ao alagamento.
Notícia esta que alimentou os países, empresas e governantes que se empenhavam em desmentir os efeitos do aquecimento global, e “lutavam” de certa forma a combater a política sustentável no mundo.
Mesmo com estas erratas do IPCC, os ministros europeus consideraram a ciência feita pelo IPCC como "sólida e robusta" e disseram que seus relatórios são a avaliação mais autorizada que há a respeito da mudança climática.
Em suas conclusões, os ministros defenderam também uma rápida mobilização dos 10 bilhões de dólares anuais que os países ricos prometeram às nações pobres no período de 2010-12 para ajudá-las a combater a mudança climática e a ela se adaptar.
Essa verba foi um dos poucos elementos concretos definidos na cúpula climática da ONU em dezembro em Copenhague, na Dinamarca. Muitos países europeus já estão perdendo as esperanças de que a próxima conferência climática, em novembro, no México, resulte um novo tratado climático global com validade jurídica.
Finalizo com a frase do eurodeputado holandês Bas Eickhout, do bloco Esquerda Verde, onde diz: "não precisamos de mais pesquisas - há uma série de evidências salientando por que a UE precisa aumentar sua meta agora".
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