Há poucos meses iniciou-se um novo ano, ano este que começou de uma forma atípica para os brasileiros, principalmente os paulistas e cariocas. A preocupação com as festas de fim de ano, compras, férias, viagens foi substituida pela perda e sofrimento de milhares de pessoas em todo o país, e o que era para ser símbolo de paz e harmonia, se transformou em terror e pânico.
Vimos chuvas intensas por dias e com índices pluviométricos acima da média, tanto que em várias regiões choveu o equivalente há um mês, isto foi determinante para inúmeras catástrofes que vimos acontecer no primeiro dia do ano, e em seus dias seguntes. Agora, um ponto mais importante que qualquer coisa é que infelizmente vimos o preço que se paga pelo homem não respeitar a natureza, o que ocorreu em Angra dos Reis (RJ) e São Luiz do Paraitinga (SP) foram casos claros de ocupação irregular e manejo errôneo na contenção de água. Diz a lenda que o que é da natureza e foi tirado pelo homem, ela volta para buscar, e foi exatamente isto que aconteceu.
Em um relato de uma moradora da simpática cidade de São Luiz do Paraitinga, ela disse que o avô vivenciou a maior enchente da cidade há quase 100 anos atrás, e a água chegou a atingir o primeiro degrau da Igreja Matriz na cidade, mas nada comparado ao que aconteceu no dia 01, o Rio Paraitinga - que corta a cidade - chegou a subir 10 metros, e os estragos, foi uma cidade completamente destruida, e uma perda lastimável no maior patrimônio histórico e cultural do Estado de São Paulo.
Existem leis, decretos, normas, ou seja, toda uma legislação ambiental fundamentada, e disponível a todos, porém, vimos que quando se fala em dinheiro, a lei fica em segundo plano e podemos citar o famoso clichê "foi dado um jeitinho brasileiro", mas este "jeitinho" trás consigo consequências irreparaveis, ou seria possível voltar a fita e trazer a vida das 52 pessoas que morreram na cidade de Angra dos Reis única e exclusivamente devido ao não cumprimento de leis de ocupação.
Vejo há anos construções sendo feitas em locais impróprios, casos de crime ambiental, como o cômico caso do resort de Campos do Jordão que após ser todo construido, foi barrada a construção, se a lei fosse seguida a fio, não teria havido nenhum impacto.
Refletir é preciso, mas reciclar os governantes com certeza tambem.
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