Lendo uma notícia no portal da Folha de São Paulo fiquei horrorizada ao ver a quantidade de animais silvestre atendidos na Divisão de Medicina Veterinária e Manejo da Fauna Silvestre - uma espécie de hospital de animais ligado à Prefeitura de São Paulo, dentro do parque Ibirapuera. Até o dia 12 de março foram atendidas 221 espécies que chegaram ali vindos das obras do trecho sul do Rodoanel.
De acordo com os biólogos da divisão, não era comum chegarem animais silvestres daquela região. Depois que as obras começaram os bichos feridos vindos de lá já representam 4,7% de todos os atendidos no período.
Com estas informações me preocupo ainda mais com as grandes obras que envolvem a cidade, pois causam inúmeros impactos ambientais aos animais silvestres, e mais uma vez prevalece o descaso de nossos governantes a questão ambiental. Muitas das espécies correm risco de extinção local, se perderem seu habitat. É o caso dos bugios, preguiças-de-três-dedos, quatis e cuícas, além de aves como o juriti-piranga, cuiú-cuiú e tucano-do-bico-verde.
No centro de tratamento do parque Ibirapuera com tantos outros distribuídos no Brasil, os animais silvestres recebem medicamentos, passam por reabilitações pós-cirúrgicas e depois são soltos na natureza ou enviados a cativeiro. A maior preocupação é que os animais que voltam à natureza dia a dia se deparam com realidades diferentes. Imagine você ser um pássaro e ao voltar do médico não encontra sua casa no mesmo local, demoliram-na, é o mesmo que ocorre com estes animais, o homem não sabe respeitar o espaço do outro.
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