Por maior que seja a discussão mundial sobre os efeitos das mudanças climáticas em nossas vidas, os americanos continuam sem se “comover” com a situação e colaborar em reduzir seus consumos, principalmente o de energia. Pensando nisso, algumas empresas encontraram uma solução: remunerar os que economizarem energia. Uma espécie de mercado de carbono para pessoas físicas.
A corretora de energia americana MyEex, localizada em White Plains (estado de Nova York), acaba de lançar uma plataforma que permite comprar créditos de emissão de pessoas físicas que economizarem. A idéia é fazer com que o maior número de americanos adira a proposta, e com isso, haverá um impacto real sobre as emissões de gases do efeito estufa.
Até o momento, cerca de 2.000 casas já se registraram na MyEex, que tenta certificar seu método que consiste em avaliar a economia de energia a partir do estudo de gastos nas contas de calefação e eletricidade.
Quem obteve o primeiro crédito de carbono emitido pela empresa foi Randy Wilson, que considera a iniciativa excelente. Ele decidiu agir no ano passado, ao descobrir que sua companhia de eletricidade pretendia aumentar as tarifas em até 40%. Juntamente com sua mulher, eles instalaram bombas elétricas de baixo consumo, decidiram tirar da tomada todos os aparelhos elétricos - como computadores - quando não estavam em uso, e instalaram um sistema de painéis solares que lhes custou 58 mil dólares no teto de sua residência na Pensilvânia (leste do país). A conta de luz passou de 120 dólares por mês a zero.
Segundo a Agência de Proteção Ambiental (EPA), aproximadamente 17% das emissões de gases de efeito estufa nos Estados Unidos provêm de residências, por conta da calefação, ar condicionado ou eletricidade. Isso representa até quatro toneladas de equivalente a CO2 por pessoa ao ano.
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