Houve um aumento de 94 mil hectares na cobertura vegetal no Estado de São Paulo entre os anos de 2001 a 2008. O resultado veio através do levantamento feito durante 15 meses pelo Instituto Florestal do Estado de São Paulo, onde utilizaram o sistema de satélite japonês Alos.
De acordo com as imagens e dados levantados, foi possível verificar que 17% do estado é coberto por mata, em vez dos 13% apontados no levantamento de dez anos atrás. As fotografias também mostraram que a vegetação nativa cobre uma área 1 milhão de hectares maior do que se havia estimado anteriormente.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Xico Graziano disse que a expansão da área com vegetação é resultado da redução no ritmo de destruição das florestas aliada aos bons resultados das ações de recuperação. “Nós conseguimos comprovar, nos últimos levantamentos, as duas coisas: cai o desmatamento, hoje ele é muito pequeno. E a recuperação ambiental está mais forte do que nós mesmos imaginávamos”. Graziano complementa: “isso [aumento da cobertura vegetal] é muito importante, porque a recuperação das florestas não só é bom para a biodiversidade, mas também promove a retirada de gás carbônico da atmosfera”.
A nova tecnologia de satélite permitirá, de acordo com ele, uma melhor fiscalização do desmatamento e elaborar estratégias de recuperação mais eficientes. “Agora nós temos uma melhor capacidade de controle dessas áreas, nós as enxergamos melhor, conseguimos fazer uma fiscalização melhor e, mais ainda, nós temos como trabalhar no sentido de fazer a conectividade.”
Segundo Graziano, trabalhar com o replantio de árvores em áreas de vegetação natural permite aumentar as regiões contínuas de floresta, o que é importante para o desenvolvimento da fauna e flora. “Porque pequenas áreas isoladas têm um efeito. E se nós conseguirmos juntar essas áreas com replantio de florestas, aí, formamos florestas maiores. Então, esse dado é muito importante para a biodiversidade”, destacou o secretário.
A meta do estado de São Paulo é recuperar 1 milhão de hectares em matas ciliares, que margeiam os rios, em um período de 25 anos. Segundo Graziano, 250 mil hectares já estão em processo de recuperação, mas ainda não podem ser vistos pelo satélite por serem muito recentes. “As florestas jovens, de até 5 anos, a fotografia de satélite não permite a leitura dessas áreas, só quando elas atingem uma idade um pouco maior”.
O inventário da cobertura vegetal do estado deverá ser atualizado a cada três anos.
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