A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Silvestres (CITES), entidade que regula o comércio de espécies da vida selvagem ameaçadas, rejeitou nesta quinta-feira (18) uma proposta, apresentada pelos Estados Unidos, de proibir o comércio internacional de ursos polares, durante uma conferência da instituição em Doha.
A rejeição do órgão abre dúvidas sobre sua idoneidade e interesses comerciais de países envolvidos, pois é comprovado que os ursos polares são uns dos principais a sofrerem com os efeitos das mudanças climáticas ocasionadas pelo aquecimento global. A espécie é considerada "vulnerável", com um declínio de 30% de suas populações nos últimos 45 anos.

Infelizmente a maioria dos países participantes da conferência da CITES na capital do Qatar afirmam que o derretimento das geleiras, provocado pelo aquecimento global, é a principal ameaça ao animal. Porém, mesmo ciente deste agravante, eles julgam correto o comércio do animal sofrendo chances de extinção pelo homem em duas formas: emissões de poluentes e caça.
O Canadá alegou que apenas 2% dos ursos polares "são comercializados a cada ano" e que este número se mantém estável, porém existem informações que asseguram que cerca de 300 ursos polares são comercializados internacionalmente a cada ano, sobretudo por povos indígenas, 210 deles por comunidades inuits do Canadá.
Alguns países, como a Groenlândia proibiram às exportações de urso em 2008.
Jeff Flocken, diretor do grupo conservacionista Fundo Internacional para o Bem-estar dos Animais (IFAW) lamenta: “foi uma oportunidade perdida, a última chance para responder às ameaças que o urso polar enfrenta”
Nenhum comentário:
Postar um comentário